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Dia Mundial da Poesia . “Dê Vida a um Poema”
21-03-2025
A Fundação Rui Cunha apresenta na sexta-feira, dia 21 de Março às 18:30 horas, uma sessão especial intitulada “Dê Vida a um Poema”, para celebrar o Dia Mundial da Poesia, data instituída pela UNESCO na 30ª Conferência Geral em Paris, em 1999, para homenagear a expressão poética e a sua importância cultural nas sociedades em todo o mundo.
Co-organizado pela Associação dos Amigos do Livro em Macau e pela Associação de Poesia dos Amigos do Jardim da Flora, este encontro é uma oportunidade para incentivar a leitura, apoiar os poetas e preservar a diversidade linguística e cultural, através da palavra escrita e falada.
Sob a forma de tertúlia, o público é convidado a passar pela Galeria da FRC e trazer um poema da sua preferência, em Português ou Chinês, para partilhar com os outros participantes, num serão com o propósito de enriquecer a experiência comum. A poesia, com a sua capacidade de emocionar, provocar reflexões e transmitir sentimentos, atravessa séculos e civilizações, sendo um dos pilares da arte literária.
Mais do que um simples conjunto de versos, a poesia é uma manifestação da alma humana, que pode ser lírica, épica, social, filosófica ou experimental, adaptando-se às diferentes épocas e estilos. Desde os sonetos de Camões e os poemas clássicos de Liu Yong, até aos versos livres da poesia contemporânea, este género literário tem sido um meio poderoso de comunicação e resistência.
A sessão será conduzida pelo médico e escritor Shee Vá, em representação da Associação dos Amigos do Livro em Macau, que convidará os participantes a revelar poemas com significado especial nas suas vidas.
A conversa será realizada em português e chinês, conforme as leituras sugeridas.

A entrada é livre.
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Temas de Direito . “Vicissitudes do Processo (I)”
19-03-2025
A Fundação Rui Cunha apresenta, a 19 e 20 de Março, e na semana seguinte, a 26 e 27 de Março de 2025, sempre às quartas e quintas pelas 18:30 horas, um conjunto de quatro palestras de Temas de Direito, sobre as “Vicissitudes do processo (I)”, que tem por finalidade identificar possíveis incidentes nos processos judiciais e debruçar-se sobre os respectivos regimes. As sessões vão decorrer em paralelo, nas línguas portuguesa e chinesa, sob a responsabilidade da Drª Teresa Leong.
Organizadas pelo CRED-DM – Centro de Reflexão, Estudo e Difusão do Direito de Macau da Fundação Rui Cunha, este ciclo de conferências pretende abordar, de forma prática e explicativa, temas relevantes do dia-a-dia de todos os operadores judiciários de Macau, um projecto iniciado em anos anteriores com grande interesse e adesão pela classe.
Segundo a responsável, «o processo judicial inicia-se com o litígio e termina com a decisão para pôr termo a esse litígio. Se o processo seguir o seu curso normal, sem grandes sobressaltos, a justiça é naturalmente servida sem transtorno. Contudo, incidentes da mais variada ordem tornam esse desiderato, por vezes, difícil de atingir. Esses incidentes, além de causarem certo transtorno ao processo em curso, podem até pôr em causa os actos laboriosamente praticados, inclusivamente, a própria decisão final».
Com “Vissicitudes do processo (I)” inicia-se essa abordagem com a análise das circunstâncias em que pode, ou tem que, haver modificação dos sujeitos de um processo judicial e as suas implicações para o processo em curso.
As palestras estão organizadas pelos seguintes temas: na 1ª sessão falar-se-á sobre “Modificação subjectiva: Substituição subjectiva vs. cumulação subjectiva” e “Intervenção de terceiros: Intervenção principal”. Na 2ª sessão, uma semana depois, será a vez do módulo “Intervenção de terceiros: Intervenção acessória e oposição”.
As palestras em português realizam-se a 19 e 26 de Março, e as congéneres em chinês realizam-se a 20 e 27 de Março, na Galeria da FRC.

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Vicissitudes do Processo (1)
1ª sessão
Vicissitudes dentro e fora da tramitação do processo
Repetição da causa => litispendência e caso julgado => excepção dilatória => extinção da instância
Princípio da estabilidade da instância
Modificação subjectiva:
• Modalidades:
o Substituição subjectiva
o Cumulação subjectiva
• Características, meios por que se processa e regimes
Cumulação subjectiva:
• Intervenção principal
• Intervenção acessória
• Oposição
Intervenção principal:
• Modalidades:
o Intervenção por litisconsórcio necessário
o Intervenção por litisconsórcio voluntário
o Intervenção por coligação de autores
o Intervenção por pluralidade subjectiva subsidiária
• Intervenção espontânea vs intervenção provocada
• Características e regimes

2ª sessão
Intervenção acessória
• Modalidades:
o Intervenção provocada
o Intervenção espontânea
• Características e regimes
Oposição
o Modalidades:
 Oposição espontânea
 Oposição provocada
 Oposição mediante embargos de terceiro
o Características e regimes


O potencial da língua portuguesa no mundo contemporâneo
17-03-2025
A Fundação Rui Cunha apresenta na segunda-feira, dia 17 de Março às 18:30, uma sessão do ciclo Roda de Ideias, intitulada “O potencial da língua portuguesa no mundo contemporâneo”, com a participação do antigo Reitor do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, Professor Luís Reto, e o Reitor Associado da Faculdade de Negócios da Universidade da Cidade de Macau, Professor José Paulo Esperança. O evento vai ser moderado por Marco Duarte Rizzolio, Presidente AEIMCP e co-fundador do 929 Challenge.

Os oradores convidados são co-autores do livro Novo Atlas da Língua Portuguesa, uma obra lançada pelo ISCTE-IUL em 2016, que procura ser um contributo para a afirmação do valor e potencial de um património único, numa abordagem multidisciplinar e integradora, espelho das múltiplas realidades dos seus falantes.

Segundo a CityU e a AEIMCP – Associação de Empreendedorismo e Inovação Macau – China e Países de Língua Portuguesa, co-organizadoras do evento, a sessão irá abordar a importância histórica, cultural e geoestratégica da língua portuguesa no mundo contemporâneo. «A discussão abrangerá os factores históricos que moldaram a expansão da língua portuguesa, a sua influência económica e geoestratégica actual, bem como os desafios e oportunidades relacionados com a promoção e o ensino do português à escala global».

Além disso, «o seminário reflectirá sobre as possíveis trajectórias futuras da língua portuguesa no século XXI», explorando ainda «o papel dos países lusófonos no cenário global, e como a língua portuguesa pode continuar a expandir sua relevância cultural, económica e educacional», adianta a organização.

A sessão será realizada em Português.
A entrada é livre.

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Mais informações:
https://loja.incm.pt/en/products/livros-novo-atlas-da-lingua-portuguesa-1021451
https://www.publico.pt/2016/11/15/culturaipsilon/noticia/em-2100-a-maioria-dos-falantes-de-portugues-sera-africana-1751162
https://www.cascais.pt/noticia/museu-do-mar-e-da-lingua-vai-nascer-no-forte-de-salazar


Para Além do Olhar
07-03-2025
A Fundação Rui Cunha e o Clube do Livro Fotográfico de Macau acolhem hoje, sexta-feira, dia 7 de Março de 2025 às 18:30 horas, a apresentação do livro “Beyond the Gaze”, uma obra póstuma do fotógrafo Frank Lei que foi uma referência na prática e no ensino da Fotografia, no final do século XX e início do século XXI, no território.

A apresentação será conduzida por Francisco Ricarte, um dos fundadores da Associação Halftone e impulsionador do Clube do Livro Fotográfico – Photobook Club Macau –, com a presença de Jane Lei, irmã do homenageado Frank Lei, e de Alan Ieong, editor da obra. A conversa entre amigos pretende lembrar o trabalho do autor e destacar a sensibilidade visual deste para a composição fotográfica, percorrendo as imagens que marcaram o seu tempo e testemunharam este lugar.

“Beyond the Gaze” resume a visão de Frank Lei sobre Macau, uma cidade que tanto estimava. «Frank Lei viveu numa época de grandes mudanças sociais, económicas e urbanas em Macau, realizadas não só através de um processo de expansão – extensos aterros –, mas também através da demolição de assentamentos urbanos informais existentes, ou de edifícios antigos, que moldavam a cidade tradicional e o seu modo de vida. Foi capaz de retratar estas transformações com um profundo sentimento de pertença, de humanidade, mas também de perda», refere o arquitecto e fotógrafo Francisco Ricarte.

Não obstante, a fotografia de Frank Lei foi muito além de um registo documental das mudanças físicas de um lugar. «A sensibilidade visual de Frank para a composição, escala e equilíbrio de luz e sombra (por vezes transmitindo sombras profundas e dramáticas), para retratar Macau como uma terra de mudança perpétua (…), permite-nos compreender melhor esta cidade e a sua identidade humana. Na fotografia de Frank, o espaço é sempre transmitido por uma escala humana, o que realça o seu significado e papel», acrescenta.

Frank Lei nasceu em Pequim em 1962, mas veio viver para Macau quando muito jovem. Após concluir os seus estudos académicos em Cinema e Vídeo na Universidade de Paris III, e em Fotografia na ENSAD de Paris, voltou para Macau onde se estabeleceu. A sua actividade profissional passou pelo "Macau Daily News", foi curador do Albergue e mais tarde curador do Armazém do Boi, publicou vários livros de fotografia, realizou exposições individuais em Macau e França, e conquistou importantes prémios fotográficos. Frank Lei faleceu em 2022, após um longo período de doença.

A sessão vai ser realizada em língua inglesa e o livro estará disponível para venda na Galeria da FRC durante o evento.

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O Livro de San Michele
06-03-2025
A Fundação Rui Cunha apresenta na quinta-feira, dia 6 de Março às 18:30, uma sessão intitulada “O Livro de San Michele”, no âmbito do ciclo Conversas sobre o Livro, co-organizada pelo Clube de Leitura da Associação dos Amigos do Livro em Macau. O tema escolhido para esta sessão é a obra com o mesmo nome, do médico e escritor sueco Axel Munthe, redigido originalmente em inglês e publicado em 1929, tornando-se de imediato um êxito de vendas mundial e uma das obras mais lidas do século XX.
O evento vai contar com a apresentação de Natália Santos e Rui Rocha, abrindo a conversa mensal do Clube de Leitura a todos os membros e interessados, em torno das questões e impressões que a obra suscita. “O Livro de San Michele” – ou “The Story of San Michele” na língua de origem – é ao mesmo tempo uma autobiografia e uma narrativa ficcional das memórias de Axel Munthe, na sua propriedade italiana da pequena aldeia de Anacapri, onde escolheu viver grande parte da sua vida.
«Considerado um livro de culto que apaixonou gerações ao longo de décadas, “O Livro de San Michele” (…) conta o percurso do escritor na construção da casa dos seus sonhos na ilha de Capri, em Itália, misturando histórias da sua prática médica, designadamente a medicina e a morte, bem como reflexões pessoais sobre a fragilidade e a magnitude espiritual da existência humana, o seu devotado amor pelos animais e os diversos encontros, tanto com pessoas humildes como ilustres», pode ler-se na proposta dos organizadores.
A narrativa contém drama e humor, é sarcástica e sentimental, literária e jornalística, verdadeira e falsa; por outras palavras, tão cheia de contradições como o seu autor. Traduzida em 45 línguas, a história contém reminiscências de muitos períodos da sua vida. Axel Munthe associou-se a diversas celebridades da sua época, entre as quais Louis Pasteur, Henry James ou Guy de Maupassant, todos os quais aparecem no livro. Conviveu também com as pessoas mais pobres, como os residentes rurais de Capri, os imigrantes italianos em Paris, as vítimas da peste em Nápoles, ou os nórdicos da Lapónia.
Clínico de sucesso na elegante cidade de Paris, onde estudou e começou por se fixar, no início do século XX construiu a Villa de San Michele, na ilha de Capri. Aí viria a passar a maior parte da sua vida, recebendo regularmente amigos e a elite europeia ao mais alto nível. Foi nomeado médico pessoal da Rainha Vitória da Suécia e desenvolveu uma relação duradoura com a realeza sueca. Médico, psiquiatra, naturalista, filantropo e escritor, Axel Munthe viria a falecer aos 91 anos no Palácio Real de Estocolmo, como convidado oficial da corte.
Este evento será realizado em Português.

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Cibersegurança
24-02-2025
A Fundação Rui Cunha apresenta hoje, segunda-feira, dia 24 de Fevereiro às 18:30 (10:30 GMT), um seminário subordinado ao tema “Cybersecurity: Legal Aspects and Business Protection”, co-organizado pelo Escritório C&C Advogados e Notários e pela mediadora de seguros Lockton, para debater os crescentes riscos informáticos que se colocam hoje às empresas e promover a segurança dos dados que constituem o seu importante capital.

A sessão terá como oradores convidados: Nuno Sardinha da Mata, Sócio Sénior da C&C; Freddie Lai, Vice-Presidente da Lockton; Melody Qian, Vice-Presidente Sénior da Lockton para a Grande China; e Paulo Rowett, Consultor Jurídico da C&C.

Segundo os organizadores, «o aumento dos incidentes de cibersegurança, incluindo as violações de dados e os ciberataques, colocam desafios significativos às empresas de todas as dimensões, e em particular às pequenas e médias empresas (PME). Para responder a estas dificuldades, a C&C Advogados e a Lockton, um dos principais mediadores de seguros a nível mundial, juntar-se-ão num seminário» com o propósito de oferecer a «oportunidade a empresas e empresários, de várias indústrias, para melhorarem a sua compreensão sobre os riscos de segurança electrónica e explorarem soluções que reforcem as suas defesas».

A cibersegurança é hoje, não só uma preocupação tecnológica mas, sobretudo, uma questão estratégica e legal, essencial para a sustentabilidade dos negócios, na qual são investidos importantes recursos financeiros e humanos. A implementação de políticas internas de segurança, o envolvimento e formação de funcionários sobre boas práticas digitais, e a monitorização profissional das redes para prevenir invasões ou ataques, são cada vez mais urgentes.

Durante a sessão, os participantes irão poder conhecer as actuais ameaças à cibersegurança e as suas implicações legais; compreender como as estruturas legais podem ajudar as empresas a enfrentar os desafios de segurança electrónica; e explorar as soluções de seguros da Lockton para gerir eficazmente os riscos cibernéticos.

O evento vai ser realizado em língua inglesa e transmitido em directo online, através da página de Facebook da FRC.

A entrada é gratuita.
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Curadoria do Complexo e da Greve Aberta
16-12-2024
A Fundação Rui Cunha recebe hoje, segunda-feira, dia 16 de Dezembro às 18:30 horas, a apresentação da primeira tradução para português do livro "Curadoria do Complexo e da Greve Aberta" de Terry Smith, “Curating the Complex & Open Strike” no original, que inclui o ensaio "Entre línguas, territórios e paradigmas" de Margarida Saraiva, publicado pela editora #circodeideias.

A conversa sobre curadoria contemporânea será realizada em inglês por Terry Smith, via Zoom, e por Margarida Saraiva, com a chancela e co-organização da BABEL – Organização Cultural.

«Se perguntarmos onde a curadoria de arte ocorre hoje em dia – em que lugares, que tipos de lugar e como – as respostas óbvias aparecem de imediato: por todo o lado, expandindo-se como se fosse omnipresente. Mas, ao mesmo tempo, sentimos que o seu propósito é frágil. No seu mais recente livro, Terry Smith explora os contextos contemporâneos da curadoria, em busca das respostas menos óbvias.

Terry Smith (nascido Terence Edwin Smith, 1944) é um historiador de arte, crítico de arte e artista australiano, que actualmente vive e trabalha em Pittsburgh, Nova Iorque e Sydney. Desde 2001 é Professor de História e Teoria da Arte Contemporânea no Departamento de História de Arte e Arquitectura da Universidade de Pittsburgh. Também é membro do Conselho do Museu Andy Warhol, em Pittsburgh, na Pensilvânia.

A entrada é livre.
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À Procura de Macau
12-12-2024
Apresentação digital de fotografias de Jorge Veiga Alves

Título: “À Procura de Macau”

Fundação Rui Cunha Macau-Av. da Praia Grande, nº 749, Macau

Dia: 12/Dezembro/2024 às 18h30

Língua: Inglês

A apresentação, comentada pelo autor das fotografias, constará de cerca de 180 fotos feitas em Macau nos períodos de 1986-1994, 2005, 2016 e 2024.

No evento o autor procurará ilustrar como era Macau nos finais dos anos 80/princípios dos anos 90 visto por um português curioso acerca da cultura chinesa, das marcas portuguesas em Macau e também acerca das interações entre as duas comunidades.

O autor:

-Licenciado em Economia em Lisboa;

-Trabalhou em Lisboa no Banco de Portugal;

-Trabalhou em Macau no período 1986-1994 na AMCM-Autoridade Monetária e Cambial de Macau.

Fotógrafo amador que entrou, nos inícios da década de 70, no maravilhoso mundo da fotografia em modo analógico, fez fotografia submarina e que foi totalmente conquistado pela fotografia digital.

Participou em diversas exposições e apresentações fotográficas coletivas e individuais.

Várias fotografias da sua autoria estão representadas em instituições nacionais e internacionais, nomeadamente no sítio “Memória de Macau” da Fundação Macau e no CCCM-Centro Científico e Cultural de Macau (Portugal).


António: 50 anos de cartoons
11-12-2024
A “Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” (Somos – ACLP) promove um diálogo com António, um dos mais relevantes cartoonistas do mundo, no próximo dia 11 de Dezembro, pelas 18h30, na Fundação Rui Cunha.



Sob o tema “António: 50 anos de cartoons”, a conversa moderada pelo jornalista da TDM, Gilberto Lopes, revisita o percurso de meia década do autor, que iniciou a sua carreira como cartoonista no vespertino “República”, na mesma data em que ocorreu a tentativa de golpe de Estado a partir das Caldas da Rainha, onde desenhou uma premonição da Revolução de Abril.



António começou a sua jornada na imprensa como uma “brincadeira”, tendo colaborado com publicações como “Diário de Notícias”, “A Capital”, “A Vida Mundial” e “O Jornal”, antes de se tornar colaborador do “Expresso”, onde permanece até hoje.

A sua habilidade inegável de comunicar com humor – muitas vezes mordaz – provoca emoções complexas e gera diálogos construtivos, resultando em uma carreira repleta de prémios e distinções.

Mas a arte de um cartoon pode realmente provocar terramotos políticos e sociais à escala global?

Em 1993, António publicou no “Expresso” um desenho que gerou uma das maiores polémicas em Portugal: o Papa João Paulo II com um preservativo no nariz, uma reacção às suas declarações durante a epidemia de sida em África. Este cartoon levou a discussões no Parlamento, após reunir 29 mil assinaturas. Mais recentemente, o cartoon “Pax Canina”, publicado no “The New York Times”, retratou o presidente Donald Trump e o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, gerando acusações de antissemitismo e levando o jornal a abandonar a publicação de cartoons na sua edição internacional.

Outro exemplo marcante é o cartoon “O gueto Varsóvia em Shatila”, que recebeu o Grande Prémio do Salão Internacional de Cartoon de Montreal em 1983, mas também provocou a ira da comunidade judaica. A imagem foi inspirada numa fotografia de um jovem do gueto de Varsóvia, retratando um campo de refugiados palestinianos em Shatila.

Neste contexto, surgem questões cruciais: Deve o cartoon, como forma de expressão artística e sátira, ter limites? Vivemos num mundo onde a moralidade é frequentemente imposta nas redes sociais, atacando as redações dos media. A liberdade de expressão dos cartoonistas está a ser restringida a nível global? O episódio do ataque ao Charlie Hebdo ilustra os riscos associados à tentativa de impor barreiras à liberdade de expressão?

A pressão sobre a liberdade de expressão cria um clima desfavorável para o cartoon. Muitos cartoonistas foram despedidos, censurados, presos ou exilados. Como António afirma: “Quem aprecia a liberdade só pode gostar de cartoons, e é nosso desafio lutar por isso e trazer o público connosco.”

Convidamos todos a participar deste diálogo enriquecedor e a refletir sobre o papel do cartoon na sociedade contemporânea.

Nota Biográfica

António (António Moreira Antunes) nasceu em Vila Franca de Xira em 12 de abril de 1953.Tem o curso de Pintura da Escola Artística António Arroio, de Lisboa, iniciou-se no cartoonismo em 16 de março de 1974 no jornal República e é colaborador permantente do semanário Expresso desde o final de 1974.

Premiado internacionalmente é o autor de Figuras de Lisboa, 50 caricaturas de personalidades relevantes da vida política, cultural e artística da cidade, realizadas em pedra encastrada, que constituem a animação plástica da estação Aeroporto do Metro de Lisboa. É curador da Cartoon Xira e diretos do World Press Cartoon. Condecorado em 2005, pelo Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, com a Ordem do Infante Dom Henrique, no grau de Grande-Oficial. Medalha de Mérito Municipal de Valor Cultural – Dourada/ 2019 Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Condecorado, em 2023, pelo presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Ordem da Liberdade no Grau de Comendador.


1st GBA – Europe Roundtable
10-12-2024
Rui Cunha Foundation

December 2024.12.10
Tuesday 18:30
Free Admission

Join business leaders and experts or a roundtable discussion on the opportunities and challenges shaping relations between Europe and China, with a special focus on the Guangdong Hong Kong-Macau Greater Bay Area.

Guest Speakers

Peter Helis - International Executive, Representative of Invest Guangzhou, Chief Advisor of the Guangzhou Huangpu District

Rui Pedro Cunha - President of the Macau European Chamber of Commerce

Joshua Xiang - Managing Director, Macao Institute of Industrial Technology

Bernard Dewit - Chairman, Belgian-Chinese Chamber of Commerce

Fong Hoi In, Veronica - Associate professor, School of Business, Macau University of Science and Technology

Zhang Fan - Institute of Development Economics, assistant professor, Business School, Macau University of Science and Technology



Co-chairs

José Sales Marques - Former president, Institute of European Studies of Macau

José Carlos Matias - Diretor, Macau Business magazine
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